13 cristãos torturados no Sudão, um deles em estado crítico vomitando e sangrando

Treze cristãos teriam sido torturados pelas autoridades no Sudão, sendo que um deles ficou em estado crítico, vomitando e sangrando, antes de serem libertados na segunda-feira.

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(FOTO: REUTERS / GORAN TOMASEVIC)

Treze cristãos teriam sido torturados pelas autoridades no Sudão, sendo que um deles ficou em estado crítico, vomitando e sangrando, antes de serem libertados na segunda-feira.

Os cristãos que foram torturados incluem os 12 que foram presos pelo Serviço Nacional de Inteligência e Segurança do Sudão em Darfur no início de outubro, junto com o líder da igreja Tajaldin Idriss Yousif.

Morning Star News informou que o Yousif foi liberado na segunda-feira, enquanto os outros 12 foram soltos um dia antes.

“Todos disseram que foram torturados pelo NISS e estão em más condições físicas“, disse uma fonte ao grupo de monitoramento da perseguição.

Dizem que um deles está em estado crítico devido à tortura. Dizem que ele vomitou e sangrou. Ele foi levado às pressas para um hospital, mas não foi atendido pelos médicos naquele hospital“, acrescentou a fonte.

Os cristãos foram originalmente algemados e presos por interagirem com muçulmanos na região predominantemente islâmica, disse a International Christian Concern.

As prisões foram feitas no mercado de Nyala, enquanto os jovens interagiam com os adeptos do Islã, construindo relacionamento para testemunhar, quando as autoridades de segurança do Sudão os cercaram e os levaram à delegacia, algemados“, disse na época a fonte do ICC. Kuwa Shamal.

Alguns dos homens presos são discípulos que eu batizei em 2015 quando eles deixaram o Islã e se converteram ao cristianismo. Os detentos têm feito um trabalho recomendável de compartilhar a Boa Notícia em Darfur, e nós oramos por sua libertação imediata e incondicional“, disse Kuwa.

Os cristãos foram submetidos a duas semanas de prisão e interrogatório, sem serem levados ao tribunal. Vários dos identificados são supostamente membros da igreja de Yousif.

Os cristãos no Sudão começaram a enfrentar uma perseguição crescente desde que o país se separou do Sudão do Sul em 2011, e o presidente Omar al-Bashir definiu um caminho para adaptar uma versão mais estrita da lei da Sharia.

Os crentes foram presos e libertados em várias ocasiões no ano passado. Um tribunal derrubou acusações criminais contra um grupo de líderes cristãos em agosto, que disseram que o governo estava tentando tirar o controle de sua denominação.

Os oito líderes da Igreja Sudanesa de Cristo, incluindo o presidente eleito, recusaram-se a abandonar o controle da denominação predominantemente nubana.

Este caso demonstra a politização do sistema de justiça criminal, resultando em líderes religiosos, que são membros íntegros da comunidade, sendo forçados a se defenderem contra-acusações criminais injustificadas“, disse na época o presidente-executivo da Christian Solidarity Worldwide, Mervyn Thomas.

A Portas Abertas dos EUA, enquanto isso, avisou que os cristãos no Sudão estão perdendo igrejas nas quais eles têm adorado há anos.

O governo regularmente prende e intimida líderes cristãos e exigem pelo menos uma ocasião que a liderança seja entregue a um comitê apoiado pelo governo. Ao interagir com muçulmanos sudaneses, os cristãos devem ser extremamente cautelosos, pois qualquer menção à sua fé pode ser interpretada como um ato que encoraja a apostasia contra o Islã“, disse o grupo de vigilância.

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