Aborto – O grito silencioso

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Em 1789, a militante Olympe de Gougues deu o pontapé inicial na luta pelo direito de igualdade entre homens e mulheres, denunciando os abusos a que elas eram submetidas nas esferas jurídica, econômica, educacional etc. Advogo em defesa dessa igualdade. Contudo, homens e mulheres, por mais iguais que sejam, têm papéis distintos e bem definidos quando o assunto é família, criação de filhos, papel social e sexualidade.

Hoje, os defensores da ética sofrem retaliações e por vezes processos judiciais quando o assunto é homossexualismo e vida intrauterina. Em 2006, parlamentares apresentaram relatório elaborado por uma comissão tripartite, definindo o aborto como um direito da mulher e propondo extinguir os artigos do Código Penal que o definem como crime. Com isto, todos os tipos de interrupção da gravidez deixariam de ser crime e a pratica se tornaria legal.

O Estado brasileiro está próximo de cometer os mesmos absurdos praticados por Adolf Hitler e sua gangue, caso persista no erro de ignorar valores éticos e humanitários. Não se trata de um discurso puramente religioso, já que, pela primeira vez na história deste país, católicos, evangélicos e espíritas se unem na luta pelo direito à vida. Os opositores a este direito contam com importantes aliados. Seus discursos desprovidos de sentimento humano desassociam esta questão da crença ou da religião, visando a acabar com esse valor básico do ser humano, adquirido no momento da concepção.

Na defesa de sua ideologia alegam que toda mulher tem direito sobre o seu corpo. Com isso igualam o feto a uma unha ou ao cabelo, esquecendo-se que a criança em formação não é prolongamento do corpo da mãe. A vida começa na concepção, dizem a biologia, a genética e a embriologia.

Ao contrario do que se pensa, o feto é interdependente da mãe. A mãe, e não o feto, que é passiva e dependente, pois é o embrião que faz cessar o seu ciclo. Ele é o responsável por tornar habitável o útero materno, desenvolvendo a cápsula protetora e o suco amniótico. Desde a sua formação o feto tem olhos, boca, nariz, impressão digital diferente da mãe. É o feto que determina o momento de seu nascimento. Uma criança não pode ser arrancada como se arranca um dente.

Os métodos abortivos são cruéis. Cito apenas três:

Esquartejamento – uma espécie de tesoura é introduzida no útero e recorta toda a criança ainda viva, para que seus pedaços possam ser retirados.

Retirada do líquido amniótico – substitui-se o líquido por uma substância com sal.

Sucção – um tubo semelhante a um aspirador é introduzido no útero, sugando a criança e despedaçando-a.

O homem transformou o mundo numa grande Sodoma e Gomorra, e tenta desesperadamente jogar para debaixo do tapete a multiplicação da sua iniquidade. Estima-se que, em cinco anos, somente nos EUA quatro milhões de seres indefesos sejam sugados, retalhados, esquartejados, envenenados no interior do corpo daquela que tem a obrigação de protegê-los. A Bíblia nos mostra que todas as vezes que um libertador do povo de Deus se aproximava, dos governantes partiam ordens para o sacrifício de inocentes. Os Herodes do século XXI articulam-se no mundo para realizar o maior massacre do qual a história jamais falará.

por: ROGÉRIO VASCONCELLOS DOS SANTOS é bacharel em Teologia e pastor da Igreja Presbiteriana Renovada.

OGlobo / Portal Padom

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