Advogado diz que igreja pagou defesa do homem que esfaqueou Bolsonaro

Familiares de Adelio, que esfaqueou Jair Bolsonaro, disse que ele era missionário da Igreja do Evangelho Quadrangular.

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Defesa do homem que esfaqueou Jair Bolsonaro

Adelio Bispo de Oliveira, que tentou tirar a vida do candidato a presidente do Brasil Jair Bolsonaro, com uma facada, conta com uma equipe de quatro advogados que estão trabalhando em sua defesa.

Segundo o site mineiro Em.com.br, um destes advogado é o dr. Fernando Costa Oliveira Magalhães, que afirma que eles foram contratados por uma igreja evangélica de Montes Claros, Norte de Minas,  para fazer a defesa do criminoso.

 “Fomos contratados a partir de uma congregação de Montes Claros, que pediu sigilo”, disse ele ao site Em.

Durante a audiência realizada na tarde da ultima sexta-feira, em Juiz de Fora, os advogados Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Marcelo Manoel da Costa foram os responsáveis por defender o acusado.

Representante de Bolsonaro, o deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) questionou o fato de Adelio ter contratado tantos advogados particulares. “Nos chama muita atenção – e aqui eu faço o registro de que é um direito da defesa ter advogados -, mas alguém, em situação de pobreza como a gente viu, ter quatro advogados e não ter a defensoria pública acompanhando… Só aí eu deixo para vocês de que não há indícios de que não é um ‘lobo solitário’ sem estrutura financeira nenhuma”, disse, ao sair da audiência.

Os advogados Zanone Manuel de Oliveira Júnior e Fernando Costa Oliveira Magalhães são parceiros em outro caso. Eles atuaram juntos da defesa ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que esteve envolvido na morte de Eliza Samúdio, ex-namorada do ex-goleiro Bruno.

Na manhã deste sábado, Adelio – que é investigado com base na Lei de Segurança Nacional -, foi transferido de Juiz de Fora para um presídio federal no Mato Grosso do Sul, onde cumprirá prisão preventiva. Ainda na madrugada de quinta para sexta-feira, ele havia sido levado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) após ser pego em flagrante.

Segundo os advogados de Adelio, ele faz uso de remédio controlado, mas não apresentaram laudo médico de que o cliente sofre transtorno psiquiátrico.

Segundo parentes do criminoso, há oito anos, ele tornou-se missionário da Igreja do Evangelho Quadrangular e, nesta condição, passou a passar maior parte do tempo se deslocando entre vários lugares.  “Ele sempre ficava viajando entre Uberaba, Uberlândia e Santa Catarina”, disse uma sobrinha de Adelio ao EM. Por outro lado, ela alegou que só veio saber da presença do missionário em Juiz de Fora, quinta feira, por meio do noticiário da televisão sobre o atentado contra o candidato do PSL.

Na sexta-feira, os advogados que defendem Adelio disseram em Juiz de Fora que foram contratados pela família do agressor de Bolsonaro com honorários custeados por uma igreja evangélica frequentada por parentes de Adelio. No entanto, na quinta-feira à noite, a família de Adelio revelou em Montes Claros que não tinha feito nenhum contato, pois nem sabia que o missionário estava em Juiz de Fora.

Segundo o site Terra, o Estado não conseguiu contato neste sábado com algum representante da igreja que possa confirmar que ele realmente é membro e missionário desta igreja. Uma das informações que os investigadores já levantaram sobre o histórico de Oliveira é a de que, nos últimos 15 anos, ele passou por 39 empresas distintas, com salários baixos. Isso chamou a atenção diante da apreensão dos quatro celulares e do computador.

O Portal Padom, esta a disposição tanto dos advogados, da Igreja ou da equipe de Bolsonaro, para esclarecer os fatos.

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