A agência de noticias Christian Solidarity Worldwide (CSW), informou nesta segunda-feira (1), que o advogado Mohammad Ali Dadkhah, foi preso no último sábado (29/09), em cumprimento a uma sentença de 2011 em que ele foi acusado de “ações e propaganda contra o regime islâmico”.
O trabalho de Dadkhah foi à chave no processo contra o pastor Youcef Nadarkhani que foi finalmente liberado da prisão no último dia 8 de setembro. Esta não é a primeira vez que Dadkhah é preso, em julho de 2009, ele foi preso com sua filha e três colaboradores acusados de colaboração com organizações estrangeiras inimigas. Foram posto em liberdade no dia 13 de setembro de 2009, depois de pagar uma fiança de aproximadamente 500 mil dólares.
No dia 3 de julho de 2011, o Tribunal Revolucionário acusou Dadkhah de ‘ações e propaganda contra o regime islâmico’ e de posse de livros proibidos em sua casa. Por isso ele foi condenado a nove anos de prisão e uma proibição de dez anos de exercer a função de advocacia ou de ensinar na universidade.
Embora Dadkhah recorreu à sentença, o tribunal informou que o seu recurso falhou, e que ele iria em breve estar na prisão para cumprir os nove anos de condenação.
Mohammad Ali Dadkhah tem representado legalmente no Irã as minorias religiosas e ativistas políticos e dos direitos humanos. Ele é cofundador do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (DHRC). Os membros desta organização têm sofrido assedio crescente, uma vez que formam proibidos pelas autoridades em 2008.
Ao se desenrolar a Campanha Internacional dos Direitos Humanos no Irã. Depois de conhecer sua condenação, Dadkhah disse que foi “graças a Deus” porque “não tive uma sentença pior que esta… Não estou nada preocupado, porque tenho agido dentro da legalidade em defesa do meu país e é natural que alguém que dá um passo em direção da lei e da ordem seja maltratado por aqueles que são contra a lei e a ordem”.
A prisão de Dadkhah é o último episodio do assalto continuo do Irã a sociedade civil, que até agora levou a prisão mais de 45 jornalistas, ativistas e defensores dos direitos humanos. O assédio permanente dos defensores dos direitos humanos limita a disponibilidade de representação legal os mais vulneráveis no Irã: pessoas que enfrentam acusações relacionadas à liberdade e pensamento de consciência e de crença.
O diretor da CSW Andrew Johnston expressou sua preocupação com a noticia: “A prisão do advogado Dadkhah é uma prova clara de que a campanha do Irã contra a sociedade civil segue ganhando terreno. Dadkhah tem sido vitima por sua diligência no sentido de garantir que os direitos humanos sejam respeitados por aqueles que enfrentam falsas acusações e isso torna sua condenação e prisão seja ainda uma perda maior.”
A organização se mostra preocupada com o andamento da intolerância no Irã. “A perseguição dos defensores dos direitos humanos é uma violação das obrigações internacionais do Irã, e a pressão internacional deve continuar para que se respeitem os direitos internacionais e dos direitos de todos os seus cidadãos. Pedimos que o governo iraniano respeite o Estado de direito e a imediata libertação de Dadkhah e outras pessoas inocentes que estão presas após acusações questionáveis e de processo judicial imperfeito”, concluiu Johnston.
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