Alimentem-se uns aos outros

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jesusalimentamseLucas 9:12–17

A tarde já estava caindo e os Doze se aproximaram e lhe disseram: “Despede a multidão para eles irem aos povoados e sítios da redondeza procurar hospedagem e alimento, porque aqui estamos num lugar deserto”. Mas Jesus lhes disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles, porém, disseram: “Não temos mais do que cinco pães e dois peixes. A não ser que vamos comprar alimentos para todo este povo!” Pois eram uns cinco mil homens. Jesus disse aos discípulos: “Fazei-os sentar em grupos de cinquenta”. Assim o fizeram, e todos se assentaram. Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos para o céu, rezou sobre eles a bênção, partiu-os e deu aos discípulos para que os servissem à multidão. Todos comeram e ficaram saciados, e das sobras e pedaços foram recolhidos doze cestos.

O que será que os discípulos pensaram quando Jesus se virou para eles e lhes deu a simples, mas aparentemente impossível, instrução – “Dai-lhes vós mesmos de comer”? Quão fácil é direccionar as pessoas para a loja mais próxima e quão difícil é provê-las nós mesmos, tomarmos responsabilidade uns pelos outros da maneira que Jesus ensina.

Uma história conta-nos como uma vez um homem foi convidado a visitar o céu e o inferno. Primeiro, ele foi até ao inferno, e lá encontrou todas as almas atormentadas sentadas em longas mesas a abarrotar com todo o tipo de comidas esplêndidas, no entanto eles estavam famintos e a gemer com fome. Cada alma tinha uma colher, mas as colheres eram tão longas que eles não conseguiam levá-las às suas bocas. A sua frustração era o seu tormento.

Então ele foi para o céu, e para seu espanto, também lá ele encontrou as almas dos abençoados, sentados em longas mesas, a abarrotar com todo o tipo de comidas esplêndidas, mas eles estavam todos bem alimentados e contentes. Cada um tinha uma colher tão longa como as colheres no inferno, mas eles eram capazes de receber toda a comida que precisavam. Eles estavam a alimentar-se uns aos outros. O seu serviço mútuo era a sua bênção.

Reflexão

Da próxima vez que estivermos tentados a enviar um ser humano nosso semelhante a outro lado para encontrar aquilo que precisa, possamos ter a graça de lhe poupar a viagem e alimentá-lo nós mesmos.

Margaret Silf

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[Publicado originalmente na revista New Daylight] padom.com

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