As cinzas da Igreja da Suécia – Nova lei marital e a sugestão da Igreja da Suécia

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Igreja da Suécia em Upsala
Assembleia Geral da Igreja da Suécia em Upsala

O Conselho Central da Igreja da Suécia decidiu propor que a Assembléia da Igreja adote as novas regras de matrimônio de acordo com a nova Lei marital sancionada em primeiro de maio 2009. Esta lei dá a casais do mesmo sexo o mesmo direito ao matrimônio que outros.

O Conselho Central também sugeriu que o Estatuto da igreja deva ser modificado para permitir que “noivos” do mesmo sexo possam ser casados, com um modo alternativo de expressar os votos nupciais. Por exemplo, a expressão ‘marido e mulher’ deve ser modificada para “cônjuges”.Na ordem do dia da Assembléia da Igreja fica enfatizado que: “o matrimônio, segundo a visão evangélica Luterana , é uma instituição social regulada por autoridades públicas. Da perspectiva da teologia da criação, o matrimônio tem o objetivo de garantir uma relação entre cônjuges para proporcionar um ambiente seguro para o crescimento das crianças”.

O arcebispo Anders Wejryd disse que o mandamento do amor é superior a outras mandamentos e proibições na Bíblia.

“Quando a Igreja da Suécia se posiciona na questão do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, a pergunta mais relevante é: se isto prejudica ou ajuda as pessoas. A Igreja da Suécia quer apoiar relações fiéis”, escreveu Wejryd em uma nota à imprensa.

Anders Wejryd
arcebispo Anders Wejryd

A Assembléia da Igreja votará a proposição neste Outono. Por enquanto parece que a maioria apoia a proposição, a única exceção vem do grupo Frimodig Kyrka.

Depois de serem notificados sobre a proposição do Conselho Central, eles responderam que o assunto é problemático por vários motivos. Ele vai de encontro às opiniões que alguns bispos já exprimiram publicamente, que isto pode prejudicar relações ecumênicas tanto dentro como fora do país, pois os argumentos teológicos de uma modificação nos Estatutos Eclesiásticos são por demais débeis e não completamente discutidos.

“Eles estão prontos para se aprofundarem além dos rachas e feridas da já combalida unidade dentro da Igreja da Suécia. Com a obrigação de realizar o matrimônio de acordo com a nova lei marital a igreja será lágrima e trapos além disso a questão é se isto irá mantê-la unida em absoluto”, Erik Johansson, sacerdote e membro de Frimodig Kyrka, escreve em resposta.

A Igreja da Suécia é a maior igreja do país. Até 2.000 ela manteve a posição de uma igreja estatal. Ela adotou naquele período uma estrutura administrativa basicamente nos moldes do estado. Seu sistema eleitoral é o mesmo usado nas eleições parlamentares ou municipais.

Fonte: Stockholm News

Comentário: traduzi este artigo para informação da liderança evangélica brasileira. Caso aconteça a aprovação da Lei que promove a homoafetividade, uma série de outras proposições de alterações constitucionais virão rapidamente em seu no rastro. Moral da história: muito cuidado na hora de votar nas próximas eleições. O seu voto pode ajudar a criar uma cobra que não tem nenhum compromisso com a Igreja. Olho vivo.

David Jonasson

Tradução de João Cruzué

Olharcristao/padom.com

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