Foi descoberta um jarro de cerâmica com inscrições em linguagem cananeu, fazendo acreditar que seja do século 10 a.C., ou seja, da época dos reis Davi e Salomão. Foi encontrada perto de Jerusalém, no Monte do Templo, e até o momento tem confundido os pesquisadores que tentam descobrir o seu significado.
A peça de 3 mil anos de idade, precede cerca de 250 nos da inscrição de Siloé, a mais antiga inscrição em hebraico que até agora foi encontrado em Jerusalém e que remota ao rei Ezequias no século VIII a.C.
“A inscrição da peça descoberta corresponde com o começo e o final de uma carta. O tipo de escrita é características a dos séculos 10 e 11 a.C. Sendo semelhante ao que se conhece como escritura pronto Cananeia, isto é, a classe de escritura que existia na terra de Israel antes de que acontecesse o fortalecimento da nação israelita e a consolidação da escritura hebraica.”, disse o professor Shmuel Ahituv da Universadade de Ben-Gurion.
A descoberta foi publicada na Israel Exploration Journal neste mês de julho de 2013.
Os símbolos que existe na cerâmica correspondem com as letras M,Q,P,H,N e possivelmente L e N. Este é o primeiro texto alfabético encontrado em Jerusalém.
Eilat Mazar, da Universidade Hebraica, disse, porém, que esta combinação de letras não corresponde com nenhuma palavra conhecida nas línguas semíticas da época e região, e os pesquisadores tem sido até agora incapazes de decifrar o seu significado.
“A inscrição esta escrita da esquerda para direita, e apenas algumas partes da carta são legíveis, enquanto outros estão dividias“, disse Ahituv.
“Podemos supor que a inscrição indica o nome do proprietário da jarra ou endereço de onde a jarra estava originalmente, ou a direção que estava sendo enviada. A inscrição também pode indicar o conteúdo da jarra. Além disso, pode ter sido escrita por um dos moradores que não eram israelitas na cidade, que foi desenvolvida durante os reinados de Davi e Salomão”, porque como Mazar observou o texto da Bíblia sugere que naquele tempo havia não judeus em Jerusalém que tinha trabalhado para o governo.
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