Confrontando as Motivações

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A qualidade do crescimento é a chave do avivamento, porém é uma espada de dois gumes (uma benção ou uma forma de multiplicar problemas). Os frutos são produzidos conforme a espécie, isto é uma lei da reprodução, pois o crescimento flui de Deus (I Co 3.6) este crescimento é sobrenatural (Mt 6.27).

Devemos ter paciência para crescer, pois a ansiedade é um inimigo perigoso. O sucesso é um campo minado (soberba, independência, estrelismo, autoritarismo, impaciência e vanglória) e devemos saber o que queremos, o altar é divino, mas a torre é humana.

A edificação sem alicerce não suporta as tempestades (Pv. 21.4), devemos ter cuidado para não negociarmos os princípios e valores do reino em troca de crescimento, pois quando se perde o zelo pela santidade o crescimento é doentio.

Avaliando as motivações

Texto base : Gn 11.5-7

A unidade é um princípio inquestionável que produz crescimento em qualquer circunstância. A questão, porém, são as motivações. Não há unidade duradoura quando os motivos são errados, na verdade é semente de divisão e confusão. Deus também executa a divisão como juízo que condena nossas motivações obscuras e corruptas.

Gn 11:4 – Podemos observar 4 transgressões que acompanharam a motivação daquelas pessoas.

1 – Edifiquemos para nós – Egoísmo e possessividade

A atitude interesseira de edificar para nós é muito perigosa, a grande questão não é o estilo de liderança, mas o espírito de liderança: donos ou mordomos? Servos ou senhores? Pastores ou dominadores? Liderar é orientar, servir e cuidar. Motivacionalmente qual é a nossa obra?

Quando se perde de vista que não somos mais que simples mordomos, o inimigo começa a implantar várias estratégias de controle que vão desgastar e destruir os relacionamentos.

2 – Uma torre cujo topo chegue até os céus – Megalomania.

Deus é grande e certamente tem grandes coisas para cada um de nós, porém, ele nunca começa do muito e do pronto. Uma motivação baseada na mania de grandeza aloja soberba e orgulho, que nos leva a atropelar uma série de princípios divinos, como humildade, fidelidade no pouco, unidade, etc.

(Ob. 3-4). O perigo de uma grande estrutura religiosa é que isso nos faz sentir inatingíveis, tão seguros que nem precisamos mais de Deus. O Espírito Santo se retira, pensamos até que estamos acima da correção divina.

3 – Façamos célebres os nossos nomes – Idolatria da reputação

Torre ou altar? Torre é um memorial e um monumento a si mesmo. Altar é o lugar de entrega total a Deus. Essa a base da verdadeira adoração.O que estamos construindo para Deus? (Sl 144:31)

Intimidade com Deus é a grande chave para fluirmos em nossa identidade. Não devemos buscar uma obra simplesmente. Isso pode alimentar ainda mais a nossa insegurança e fugir do tratamento de Deus. Devemos buscar ao Senhor e ele vai nos estabelecer na sua obra.

Não devemos buscar a afirmação dos homens. Devemos nos concentrar na aprovação de Deus, e Ele nos apresentará aprovados diante dos homens.

A adoração libera a revelação da nossa identidade, este é o caminho para sermos quem Deus deseja.

4- Para que não sejamos espalhados por toda a terra – O avesso do ide: o fique. Possessividade e comodismo.

Uma motivação baseada na autoproteção pode fatalmente nos levar não à grande comissão, mas a uma grande omissão. (Gn 1.28; 9.1)

A intenção de Deus era encher a terra. Quando perdemos a meta de encher a terra do conhecimento da glória de Deus, entram a confusão, a divisão e a falta de entendimento. Quando pecamos contra a responsabilidade de discipular as nações, estamos destruindo a qualidade do crescimento.

(Lc 12:20-21)

Pr. Marcelo Monteiro

Centro Cristão da Familia / Padom

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