Conselho Mundial de Igrejas elegeu novo secretário-geral

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O teólogo e pastor norueguês Olav Fykse Tveit, de 48 anos, foi ontem eleito secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). “Sinto que esta tarefa é um chamamento de Deus. Sinto que temos muito que realizar juntos”, disse Tveit no discurso de aceitação do cargo. Durante a sua alocução, sublinhou o espírito de unidade que dominou o processo, tendo manifestado a esperança de que ela continuará a preponderar no caminho em comum. O novo secretário-geral pediu também aos membros do comité que continuem a rezar por ele: “Por favor, não parem!”
Olav Tveit, da Igreja Luterana, é o sétimo secretário-geral do organismo ecuménico, e o mais jovem desde que Willem A. Visser ‘t Hooft liderou o CMI, durante o seu processo de formação e após a sua assembleia constitutiva, há 61 anos. Até à data, foi membro da Comissão de Fé e Constituição do Conselho.
A votação ocorreu no segundo dia do encontro do comité central do CMI, que se realiza entre 26 de Agosto e 2 de Setembro, em Genebra, Suíça. Tveit sucederá a Samuel Kobia, que foi secretário-geral desde Janeiro de 2004. O outro candidato ao posto foi Park Seong-won, teólogo presbiterano da Coreia do Sul.
Actualmente, Olav Tveit integra a mesa de directores do Conselho Cristão da Noruega. É, desde 2002, secretário-geral do Ecumenismo e Relações Internacionais do Conselho de Igrejas do seu país. Antes, tinha desempenhado o cargo de secretário da Comissão da Doutrina da Igreja da Noruega (1999-2000) e da Comissão de Relações Igreja-Estado (2001-2002). Foi pároco em Haram, Diocese de Møre (1988-91) e capelão militar durante o serviço obrigatório (1987-88).

Abrangência do Conselho Mundial de Igrejas
O CMI agrupa 349 igrejas, denominações e comunidades, em mais de 110 países e territórios, representando mais de 560 milhões de cristãos. A sua organização abarca a maioria das igrejas ortodoxas, grande quantidade de igrejas anglicanas, baptistas, luteranas, metodistas e reformadas, assim como muitas igrejas unidas e independentes.
A maior parte dos membros que compõem o CMI está em África, Ásia, Caribe, América Latina, Médio Oriente e Pacífico, embora as igrejas fundadoras tenham sido europeias e norte-americanas.
Portugal está representado neste organismo mundial através do Conselho Português das Igrejas Cristãs, e também por entidades nascidas no país: a Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal e a Igreja Lusitana de Portugal (dados de Janeiro de 2006).
A Igreja Católica não faz parte do CMI, mas colabora com os seus departamentos, nomeadamente a Comissão de Fé e Constituição. Esta cooperação, estabelecida há 44 anos, envolve o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Com ZENIT/padom

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