Cristãos têm que ‘pagar’ aos islamitas para terem segurança

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O grupo militante extremista do Estado Islâmico do Iraque e Síria (ISIS) emitiu um comunicado online, onde impuseram restrições aos cristãos que moram em Raqqa em troca de sua ‘proteção’.

cristãos-síriaA cidade de Raqqa está localizada ao norte da Síria e é um dos lugares mais liberais do país. No entanto, conforme o comunicado, cada cristão adulto do sexo masculino, deverá fazer um pagamento anual de até 17 gramas de ouro.

Outra condição é que não podem reparar ou renovar seus conventos, igrejas e mosteiros nas cidades onde vivem. Nem tão pouco tem o direito de realizar cultos, participar de atividades de negócios, consumir álcool, exibir cruzes ou livros diante dos muçulmanos, vender carne de porco ou álcool em seus mercados, orar ou tocar qualquer sino de igreja que possa ser ouvido por um fiel do islã.

Ativistas disseram à CNN em novembro que Raqqa estava cada vez mais conservadora após a ISIS começar a impor a linha dura da lei islâmica e punir severamente aqueles que não seguem as ordens.

O novo conjunto de restrições que a ISIS tem imposta aos cristãos gerou críticas da oposição síria e até mesmo de um clérigo muçulmano radical.

Louay Safi, um porta-voz da Coalizão Síria, disse que o acordo da ISIS para os não muçulmanos era anti-islâmico.

E o clérigo radical Abu Qatada, que está sendo julgado na Jordânia por acusações de terrorismo, disse à CNN quinta-feira que os militantes árabes não tinham o direito de oferecer proteção e exigir o pagamento dos cristãos, já que eles não tinham poder para governar Síria.

Desde janeiro desta organização extremista também impôs restrições aos muçulmanos, tal como foi tornado obrigatório o uso do “niqab”, um véu que cobre todo o rosto, exceto os olhos, das mulheres.

Além disso, o documento afirma que recentemente foi oferecido a comunidade cristã, na província de Raqqa, três opções: converter-se ao islamismo,  permanecer cristão mas subjugados pelo Islã ou “enfrentar a espada.” Eles escolheram a segunda opção conhecida como “dhimmi”.

Ainda não se sabe quantos cristãos vivem em Raqqa.

ISIS rompeu com a Al Qaeda e está atualmente lutando com outros grupos rebeldes na Síria, impondo a todos as suas condições extremas .

Portal Padom

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