Cristianismo continua a crescer no Afeganistão

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O evangelismo cristão tornou-se um tema delicado e complicado nos últimos 10 anos. Os muçulmanos diariamente usam a lei islâmica a Sharia, para acusar os cristãos de blasfêmia.

Os clérigos muçulmanos afegãos consideram a alta taxa de crescimento do cristianismo no Afeganistão, uma ameaça, por isso alguns deles advertiram o governo do país a ser contra a propagação do cristianismo.

O Conselho Islâmico do Afeganistão, composto por seminaristas e clérigos islâmicos de todo o país, pediu ao presidente Hamid Karzai, limitar o numero de ajuda e de missionários cristãos que vem ao Afeganistão, pois eles têm convertidos afegãos ao cristianismo.

Mohammad Hanif Atmar, ministro do Interior, apareceu no Parlamento do Afeganistão em maio de 2011, falando sobre algumas atividades cristãs, dizendo que “há evidencias de evangelização cristã no país”, acrescentando que “As atividades neste campo pode ser grande”.

A mídia revelou a existência muçulmanos convertidos ao cristianismo

A ‘onda’ anticristã se expandiu após uma entidade privada com sede em Cabul, através de um canal de televisão, informar o numero de afegãos que se converteram ao cristianismo e por no ar suas fotos onde eles oravam e eram batizados. O canal de televisão também afirmou que alguns estrangeiros não governamentais estavam envolvidos em promover o cristianismo no país.

Isto provocou a ira dos membros do Parlamento “e alguns deles ate pediram para processar os responsáveis pelo evangelismo cristão no Afeganistão a fim de condena-los com a lei islâmica. Segundo a Lei Sharia, o sistema judicial do Afeganistão, que se baseia fundamentalmente nas leis islâmicas, diz que se alguém abandonar o islamismo e se converter a outra religião ela poderia ser executada”.

Além disso, centenas de estudantes afegãos, professores e estudiosos islâmicos protestaram contra o evangelismo cristão na província de Kapisa, no leste do Afeganistão. Os manifestantes pediram ao governo afegão “para lidar com aqueles que promovem o cristianismo no Afeganistão e enganam os muçulmanos”.

Hamid Karzai denunciou as operações de algumas instituições evangélicas estrangeiras que estão influenciando os jovens afegãos, pedindo assim que  seja tomada ações contra essas instituições.

 

Alguns meios de comunicação do Afeganistão mencionaram a falta de seriedade do governo sobre aqueles que se converteram ao cristianismo, principalmente os jovens que tem abraçado a fé cristã. A mídia escreveu que: “Se as sagradas regras islâmicas se aplicarem em pessoas como Abdul-Rahman e Amin Mousavi, hoje ninguém consideraria se converter ao cristianismo”.

A execução de apóstatas é um dos temas polêmicos que fizeram o seu caminho no Afeganistão. Por esta razão os cristãos afegãos são constantemente alvo de extremistas muçulmanos e do governo. Um vídeo foi postado em 2011, mostrava como um cristão foi decapitado por islâmico afegão, citando o profeta do Islã, Maomé, dizendo que “quem muda de religião deve ser executado.”

Ataques islâmicos contra os cristãos
O Governo do Afeganistão deteve 24 missionários cristãos que serviam em instituições humanitárias em 2001. Todos os missionários detidos foram posto em liberdade em Novembro do mesmo ano, a pedido da comunidade internacional.

Outro caso polêmico de perseguição cristã foi contra Abdul-Rahman, um cidadão afegão. A fé cristã Abdul-Rahman, foi revelada em fevereiro de 2006. Ele foi preso pela polícia e, posteriormente, condenado à morte por apostasia. Em seguida, as autoridades afegãs anunciaram que ele estava temporariamente em liberdade devido a uma “doença mental”. Depois de ser libertado sob fiança, Abdul-Rahman, deixou o Afeganistão e se refugiou na Itália.

Em setembro de 2008, os especialistas islâmicos de Jaghori , prendeu um professor de religião, Amin Mousavi, por supostamente promover o cristianismo. Os estudiosos islâmicos condenaram o professor à morte, mas foi solto e fugiu do país.

Provavelmente as instituições e organizações que estão em contato direto com os cristãos afegãos tem uma lista mais completa de perseguições contra cristãos que estão no país estritamente islâmico. No entanto, acabamos de mencionar algumas delas aqui como exemplos.

De acordo com um relatório da Comissão dos EUA Liberdade Religiosa Internacional, uma igreja foi destruída no Afeganistão em Março de 2010 e agora nem mesmo uma escola cristã existe no país.

Governo reconhece força do cristianismo
No entanto, funcionários experientes do país, reconhecem que o cristianismo tem encontrado um lugar especial, não apenas entre os jovens, mas também entre os membros da sociedade afegã. A igreja domestica estão crescendo rapidamente no país.

Cristianismo se espalhou não só entre os afegãos, mas também entre as elites afeganas e figuras bem conhecidas. De acordo com serviço de notícias AfghanTelex publicou um relatório sobre a conversão de alguns membros do Parlamento afegão ao cristianismo e escreveu: “A propaganda do evangelismo cristão está se espalhando no país a um nível elevado, mas esta é a primeira vez que chamam representantes do povo afegão não só tornaram-se os “apóstatas”, mas se juntaram aos ministérios cristãos para evangelizar “.

De acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, há pelo menos dezenas de milhares de cristãos convertidos vivendo dentro do Afeganistão, apesar da perseguição.

Portal Padom

Traduzido e adaptado de Mohabat News por Portal Padom

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