Os ataques violentos nas aldeias ao norte da Nigéria continuaram neste fim de semana. A região de Izghe, de maioria cristã, foi atacada pelo grupo extremista Boko Haram, deixando pelo menos 106 mortos.
Segundo informações do representante do estado de Borno, Ali Ndume, um grupo de homens armados invadiu a aldeia de Izghe, deixando mais de uma centena de mortes. Os ataques na região estão se tornando “cada vez mais mortais”, disse Ndume.
Testemunhas relatam que os agressores, trajando uniformes de militares, batiam de porta em porta durante a noite, procurando as vítimas em suas próprias casas. “Eles pediram para que as pessoas se reunissem em um só lugar e depois começaram o massacre”, contou um agricultor que conseguiu escapar.
Os membros da Boko Haram mataram na semana passada cerca de 43 pessoas em duas cidades de Borno, provocando o êxodo de centenas de pessoas na direção de Maiduguri, capital do Estado.
Borno é um dos três estados do nordeste da Nigéria, onde rege o estado de emergência desde que o Exército lançou uma operação contra os insurgentes islâmicos de Boko Haram. Mas o exército está tendo problemas para deter esta força militarizada que tem como objetivo impor a lei islâmica, a sharia, em todo o país.
O presidente do país, Goodluck Jonathan, participava neste domingo de uma reunião, em uma das principais igrejas cristãs do país, a Redeemed Christian Church of God, onde alertou do grave problema do conflito com Boko Haram.
“Eles estão matando as pessoas à vontade”, disse o presidente. “Mas acreditamos que Deus sabe tudo. Sem suas orações, provavelmente seria ainda pior“, advertiu Goodluck Jonathan. “Deus sempre foi fiel à Nigéria. Continue orando pelo nosso país para sejamos capaz de superar o desafio do terrorismo e outros crimes relacionados.”
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