Enquanto se debate o futuro de Nadarkhani, Irã aproveita fechando igrejas e detendo cristãos

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Enquanto o mundo debate o futuro do pastor iraniano Yousef Nadarkhani, o Irã esta aproveitando para fechar as igrejas e prender os cristãos que estão sofrendo uma nova onda de perseguição no Irã.

As autoridades iranianas estão fechando as “igrejas subterrâneas”, os líderes e membros das congregações são presos e indiscriminados.

Oficialmente, cinco igrejas, ligadas às Assembleias de Deus, foram recentemente fechadas.

No ano passado, na época do Natal, as igrejas de Ahwaz, Shiraz, Isfahan, Teerã e Kermanshah, foram vítimas da polícia religiosa. Dezenas de cristãos foram presos em suas casas e locais de trabalho.

A agência cristã de noticias iraniana Mohabat News, recorda que durante um ataque na cidade de Isfahan, Giti Hakimpour, 78 anos, foi preso em sua casa no dia 22 de fevereiro. Ele tinha submetido recentemente a uma cirurgia no joelho e não estava em boa saúde, ele precisava de cuidados especiais. Depois de esforços persistentes, Giti foi liberado três dias depois.

Hekmat Salimi, pastor de uma igreja em Esfahan, foi preso depois que agentes do governo saquearam sua casa levando-o preso e confiscando seu computador, livros e outros pertences.

Na província de Kermanshah a 526 quilômetros da capital, Teerã, Masoud Delijani, um ex-muçulmano que se converteu ao cristianismo foi condenado a três anos de prisão, por ser acusado de mudar de religião, tornando ilegais as reuniões cristãs em sua casa e por evangelizar muçulmanos.

Masoud, é um professor que foi preso em março de 2011, sofrendo um confinamento solitário por 114 dias. Ele diz que foi submetido a “intensa pressão física e mental” antes de ser libertado mediante o pagamento de uma multa de US $ 100.000.

Congregações inteiras que se reúnem nas casas são presas. Em 21 de Fevereiro, 13 cristãos (incluindo crianças) se reuniram para um culto a Deus, foram levados por agentes de segurança em Kermanshah. Três deles ainda estão sob custódia do governo iraniano.

Estas ondas de detenções ocorreram precisamente porque o Irã é fortemente pressionado internacionalmente para abandonar seu programa nuclear, no entanto, as autoridades iranianas acusam os cristãos de terem uma “aliança” com o Ocidente.

Estima-se que em 2011, cerca de 70 cristãos foram presos, alguns se perderam e não está claro se eles estão vivos ou não. O número de detidos em 2012 é difícil de estimar, mas não só as Assembleias de Deus que tem sofrido, mas a Igreja Presbiteriana, Anglicana e Pentecostal assírios são pressionados.

Saman Kamvar, chefe de Mohabat News, descreveu a situação: “As fontes que temos dentro do país, é que os cristãos foram forçados a fugir do Irã por parte do Estado desumano e cruel”.

Kamvar, ainda diz que a “pressão dos longos interrogatórios intimida as vitimas de modo que elas venham testemunhar contra os seus irmãos na fé. O confinamento solitário por longos períodos de tempo, força fisicamente e mentalmente os novos cristãos a renunciarem à sua fé e voltarem ao islamismo”.

Não há evidências de lesão ou a tortura física, como a flagelação… Em um esforço para pressionar as famílias dos cristãos detidos, as autoridades exigem grandes quantidades de dinheiro como fiança… Recentemente ouve relatos de que alguns dos juízes e interrogadores pediram a uma família a escritura de suas casas como garantia para a fiança.

Ainda assim, o atual regime iraniano está assistindo o crescimento do cristianismo, como nunca antes, especialmente de muçulmanos que estão se convertendo ao cristianismo.

Portal Padom

Traduzido e adaptado de Mohamad News por Portal Padom

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