Judeus enterram seus mortos no Monte das Oliveiras, para ressuscitarem mais fácil na volta do Messias

1007

cemiterio monte das oliveirasDurante os últimos 3.000 anos, as famílias judaicas foram enterrando seus mortos no cemitério do Monte das Oliveiras, que é um dos locais mais sagrados para os judeus.

Muitos deles acreditam que quando o Messias vier à terra, virá montado sobre um jumento branco e que os mortos ressuscitaram de seus túmulos e caminharam até o Templo, na Cidade Velha de Jerusalém. Do Monte das Oliveiras, para o cemitério há uma distância de apenas algumas centenas de metros.

“Todos que estão neste cemitério, estão enterrado com os pés em direção ao Monte do Templo, para que ao ressuscitar não tenha que se virar. Ninguém vai confundir no caminho”, disse Ira Rappaport, de 67 anos, que se mudou de Nova Iorque para Israel há 41 anos e cujos pais estão sepultados naquele cemitério.

“Alguns judeus também acreditam em uma interpretação mística das escrituras pelo qual o morto  dará volta no mesmo túmulo para livrar-se de seus pecados”, disse Rappaport. “Mas devido ao fato de que a terra no Monte das Oliveiras serem tão pura não terá que se preocupar com isso”, acrescentou.

As autoridades locais descobriram mais de 150.000 túmulos no monte – o cemitério estava em uso há mais de 3000 anos, então certamente há muitos ainda para descobrir – mas os administradores dizem que os novos lotes estão diminuindo.

Em apenas 10 anos, não haverá espaço para novas sepulturas, disse Chananya Shajor, gerente da Sociedade Funerária Jerusalém, a maior organização de necrotério da cidade.

Alguns argumentam que o local remonta ao tempo dos reis bíblicos e é o local das sepulturas dos profetas como Zacarias, dos rabinos do século XV. No local há também enterrado personalidades contemporâneas como o ex-primeiro-ministro israelense Menachem Begin.

Antes de Israel unificar Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, Jordânia usou as lápides no Monte das Oliveiras como sinais de ruas e avenidas, disse o rabino Natan Ophir.

“Ter recuperado o cemitério é um sentimento semelhante ao de um jovem que depois de muitos anos vivendo longe de casa pode voltar para o amor de sua vida”, disse Ofir.

Portal Padom

Deixe sua opinião