Justiça proíbe que cristãos usem a palavra “Alá” na Malásia

175

A Justiça da Malásia decidiu que o uso da palavra ‘Alá’ é “direito exclusivo dos muçulmanos” e que não pode ser pronunciada por representantes de outras confissões, especialmente pelos cristãos.

alá-justiça-malásia,cristãosO Tribunal de apelações deixou invalido a sentença de 2009, que confirmava o direito da versão em malaio do semanário católico “The Herald”, que utilizava a palavra “Alá”, ao fazer referência de Deus. “O uso da palavra ‘Alá’, não é uma parte da fé cristã. O uso desta palavra causava confusão na comunidade”, argumentou o presidente do tribunal, o juiz Mohamed Apandi Ali.

No ano de 2008, organizações muçulmanas da Malásia, apoiadas pelo Ministério do interior, tentaram defender a exclusividade do termo ‘Alá’ aos muçulmanos, no entanto, no ano seguinte, a justiça do país emitiu uma decisão histórica a favor da minoria cristã em seu direito de usar a pala\vra. No entanto, o Ministério do Interior, não desistiu e em janeiro de 2010 recorreu à sentença.

‘The Herald’, diz que levará o caso ao Tribunal Federal da Malásia, na mais alta instância judicial do país. Sua defesa insiste que a proibição não tem sentido, já que a palavra ‘Alá’ antecede ao Islã e é usa pela comunidade cristã na parte malaia de Bornéu há século, tanto nas traduções da Bíblia, como na literatura e músicas. As igrejas nos estados de Sabah e Sarawak, da ilha de Bornéu, entretanto, dizem que continuaram usando a palavra apesar da sentença judicial.

Em janeiro deste ano, extremistas muçulmanos, realizaram uma queima de Bíblias, por estarem ofendidos que palavra ‘Alá’ está constando no livro Sagrado dos cristãos.

Segundo as dados oficiais, os cristãos representam 9,1% da população da Malásia. Outras minorias religiosas importantes no país, onde os muçulmanos são uma maioria de 60,4%, já os budistas representam 19,2% e os hindus com 6,3% entre outros menores.

Em princípio, a Constituição garante a liberdade de religião, mas o Islã é a religião oficial. Os não-muçulmanos, portanto, deve seguir as decisões dos tribunais islâmicos em questões como o casamento, a herança, a apostasia ou a custódia. A justiça civil, incluindo a mais alta corte da Justiça Federal não pode ir contra uma decisão proferida por um tribunal islâmico.

A Malásia se encontra no posto de 42 dos países com perseguição aos cristãos, elaborado anualmente pelo ministério Portas Abertas. Oremos, para que a igreja de Cristo nesse país venha crescer nesse ambiente hostil a fé cristã. – pd

Portal Padom

Deixe sua opinião