Madre Tereza, Gandhi ou o Dalai Lama, Bondosos, Mas Não santos

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Em sua biografia demolidora sobre Madre Tereza de Calcutá, The Missionary Position: Mother tereza in Therory and Practice (A Posição Missionària (que em inglês serve para designar o papai-e-mamãe)- Madre tereza e Prática, sem edição no Brasil), o jornalista britânico Christopher e cruel.
Hitchens cita episódios constrangedores da vida da madre, como uma viagem ao Haiti em que ela declarou que o governo sanguinário de Jean-Claude Duvalier, o ditador baby Doc, amava os Pobres e os pobres o amavam.Sabe-se hoje que baby doc havia doado grandes quantidades de dinheiro para as obras de tereza.
Não sou tão radical quanto Hitchens Chamar Madre Tereza de Calcutá (1910-1997) de fraude é um evidente exagero.Ela não deixou de dedicar a vida aos pobres, não usou o dinheiro em benefício próprio e isso é mais do que reconhecido.Mas é importante que sua vida seja submetida a uma avaliação mais rigorosa do que simplesmente a ver como uma santa. O mesmo vale para MAHATMA GANDHI(1868-1948) e TENZIN GYATSO, O 14ª DALAI LAMA. Eles não são, de nenhuma maneira, os santos modernos que imaginamos.
GANDHI foi advogado na África do Sul, e ali começou sua vida política defendendo uma minoria explorada.
A época, fez todo o possível para lutar pelos direitos dos indianos que viviam no país mas, para atingir seu objetivo, defendeu o Apartheid. E fez isso plubicamente. Escreveu artigos incitando os indianos a combaterem os negros, chamando-os de Não-Civilizados: Muitos anos depois, ele usaria termos parecidos para se referir à casta hindu dos intocáveis, os não-cidadãos do país, que não têm direito algum.Nada disso desmerece sua campanha extraordinária de resistência pacífica, mas deixa claro que, se alguém quer seguir o exemplo do grande lider da independência da Índia, é bom entender o quanto ele era complexo e passível de cometer erros e replicar preconceitos de sua época -até porque, se suas opiniões podem chocar hoje, elas eram a norma do contexto social em que MAHATMA viveu.
O caso do DALAI LAMA tambem é exemplar. Prêmio nobel da Paz em 1989(assim como Madre Tereze de calcutá, em1979) imagem pública da luta pela independência do Tibete, carrega o titulo de mestre espiritual do budismo, que nos ultimos 30 anos se tornou uma das religiões mais charmosas para os ocidentais. o que pouca gente sabe é que a vida dentro de sua cúpula religiosa não é como se imagina. A escolha do DALAI LAMA mobiliza intrigas políticas. E, deixou-se de comentar por aí, antes do controle Chinês o povo tibetano não vivia numa democracia. E o DALAI LAMA à época recebia ajuda financeira da CIA, agencia de inteligência americana.Havia muita pobreza e nenhuma perpectiva de crescimento econômico. É bom não esquecer: estes três ídolos religiosos e políticos são apenas seres humanos.suas motivações podiam ser sinceras, mas seus Métodos nunca foram Santos. Se eles fossem tão ing~enuos e puros como se diz dificilmente seriam tão bem sucedidos.

Solomon / Portal Padom

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