O rabino Ovadia Yosef, veterano líder espiritual do partido ultraortodoxo Shas, morreu aos 93 anos, na tarde da última segunda-feira no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém.
O funeral do rabino começou as 18 h, em Jerusalém, cinco horas depois de sua morte, contando com aproximadamente 500 mil pessoas. Ele será enterrado ao lado de sua esposa, que faleceu em 1994 após 50 anos de casamento.
Yosef foi chefe sefardita de Israel de 1973 a 1983. Ele é um dos principais estudiosos do Judaísmo ortodoxo e autor de vários livros e artigos.
Os lideres dos Shas consultavam a ele durante a maior parte das decisões do partido.
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou em um comunicado a sua “profunda tristeza” pela morte deste “gigante do Torá” e “guia de multidões”.
“Admirava muito a sua personalidade acolhedora e sua retidão. Aprendi com ele em cada uma de nossas reuniões”, disse Netanyahu.
O presidente Shimon Peres interrompeu uma reunião com o presidente tcheco Milos Zeman para visitar o rabino Yosef no hospital, pouco antes de sua morte.
“Era nosso pai, em tudo, nosso dirigente, nós estamos órfãos, fomos deixados sozinhos, sem ele, que nos guiará agora?”, declarou entre soluções o deputado Aryeh Deri, líder político do partido ultraortodoxo sefardita Shas.
Palestinos enviam condolências
Negociadores israelenses e palestinos mantiveram uma nova rodada de negociações na segunda feira, aumentando o ritmo de seus encontros a pedido dos Estados Unidos, apesar de um amplo ceticismo de que nunca chegaram a um acordo.
Durante o encontro com os parlamentares israelenses em Ramallah, o presidente palestino Mahmud Abas pediu que “transmita suas condolências à família de Ovadia Yosef”.
Ambos os lados retomaram as negociações diretas de paz no final de julho, depois de três anos de um impasse diplomático e mantiveram as discussões fora do alcance dos meios de comunicação nas ultimas semanas, sem nenhuma evidencia de progressão.
Com informações CBN
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