Pastor cristão é condenado a 8 anos de prisão no Irã

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Saeed AbediniUm tribunal iraniano sentenciou o pastor cristão Saeed Abedini, a oito anos de prisão, depois que um relatório da mídia local informarem que ele seria liberado.

Abedini “apresentava perigo para a segurança nacional iraniana por organizar igrejas cristãs nas casas”, disse o Centro Americano para Lei e a Justiça (ACLJ).

As provas para estabelecer sua culpa se basearam em suas atividades no inicio do ano 2000, quando o governo do presidente Khatami não considerava o cristianismo uma ameaça, e as igrejas domesticas não eram proibidas. Em 2008 o Parlamento iraniano aprovou uma lei segundo a qual os homens apostatas do Islã são punidos com pena de morte e as mulheres prisão perpetua.

Está previsto que Abedini, um iraniano que viveu quase toda sua vida nos Estados Unidos, e que tem nacionalidade americana, cumpra sua pena na prisão de Evin, no Teerã, onde se encontra presos políticos. O pastor foi capturado em setembro do ano passado, nega suas atividades missionárias e diz que foi ao país para visitar a sua terra natal e contribuir para o estabelecimento de um orfanato.´

O Estados Unidos expressou preocupação sobre o caso. “Abedini teve apenas um dia para apresentar suas defesas e estamos muito preocupados com a legitimidade e transparência do julgamento”, disse Darby Holladay, porta voz do Departamento de Estado dos EUA, em um comunicado.

Anteriormente a agencia de noticias estatal informou que Abedini seria liberado em breve e esta sentença deixou a sua família paralisada. “A falsa esperança aumenta a tortura psicológica”, comenta Naghmeh Abedini, esposa do pastor.

“A promessa de sua libertação foi uma mentira. Nós não devemos confiar nas palavras vazias ou promessas feitas pelo governo iraniano. Essas falsas esperanças somam-se à tortura psicológica. Você não quer confiar neles, mas eles constroem um lampejo de esperança antes do golpe esmagador. Com o desenvolvimento de hoje eu estou devastada pelo meu marido e minha família”, afirmou Naghmeh, em depoimento à ACLJ.

Jordan Sekulow, diretor executivo do ACLJ, disse que o tribunal “não só abusou suas próprias leis, como pisou sobre os fundamentos dos direitos humanos”, lembrando que o motivo de tudo isso é sua profissão de fé: “O pastor Saeed agora enfrentará oito anos em uma prisão dura, e provavelmente enfrentará tortura e abusos nas mãos do regime iraniano, o que ameaça sua vida”.

Portal Padom

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