Produtos para alisar cabelo pode causar câncer

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Os fiscais da agência de saúde dos EUA alertaram aos cabeleireiros e seus clientes, o uso indevido de produtos para alisamento de cabelos em que a fórmula contenha uma substância chamada Formaldeído, o que representa um grave risco para a saúde, tanto para os que manipulam o produto como para os que o utilizam.

Quando Adélia Varga visitou o Brasil há quatro anos, achou um produto para alisar os cabelos e o resultado foi surpreendente para ela. Então levou o produto para o salão de Rockville, cidade onde trabalha, nos EUA. E começou a usar sempre o produto como alisante, tanto em si mesma como em seus clientes. “Meu cabelo parecia muito saudável, depois do tratamento, os fios que habitualmente são muito crespos ficavam sedosos e levemente ondulados”, disse Adélia, de 38 anos, para o jornal ‘the Washington Post’, que fez a reportagem sobre os perigos do alisamento de cabelos popular no Brasil.

A maioria dos alisantes contém substâncias químicas que liberam formaldeído e seus derivados, que por sua vez foram identificados como tratamentos que elevam o risco de câncer. O Programa Nacional de Toxicologia dos EUA reclassificou o formaldeído como um agente cancerinogênico, ou seja, que pode causar câncer.

O formaldeído é uma substância química, incolor, geralmente com cheiro forte, e tem sido usado por aproximadamente 70 anos como conservante e agente de ligação. Pode ser irritante e alergênico. Têm pessoas que reagem com lágrimas nos olhos, corrimentos no nariz e sensação de queimação na garganta. Reações extremas, como tosse, chiado e até sintomas de asma são identificados. Casos de perda de cabelo e vômitos também são causas dos altos níveis de formaldeído.

O cientista da Environmental Working Group, David Andrews, da organização de defesa de consumidores diz que “estes produtos foram proibidos na Europa, Canadá e Austrália”.

Nos EUA, a Occupational Safety and Health Administration (OSHA) não regula a quantidade de formaldeído usado nos salões de beleza. O produto é liberado no ar quando o cabeleireiro seca o cabelo tratado do cliente com um secador ou com chapinha.

“Nossa responsabilidade é garantir que o local de trabalho está livre de perigo”, diz David Michaels, alto funcionário da OSHA. “O formaldeído é um perigo”.

Ele estima que exista cerca de 75 milhões de salões de beleza nos EUA e 500.000 pessoas que trabalham neles. A OSHA não sabe a quantidade de salões que usam formol e derivados em seus produtos.

Verdade Gospel / Portal Padom

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