Renato Aragão, perto da morte, pede a Deus para não morrer

493

Renato Aragão, que há mais de 50 anos alegra o Brasil como o eterno Didi dos “Trabalhões”, se emociona durante entrevista ao lembrar-se do risco da morte, que sofreu no último final de semana, “… a dor era tão grande. Eu falava: ‘Meu Deus, não me leva agora..”, conta o comediante.

renato-aragãoAos 79 anos de idade, Renato sofreu um infarto no último sábado (15), sendo internado no hospital D’Or, no Rio de Janeiro, onde passou por uma angioplastia para desobstruir uma artéria do coração.

Eu estava na festa da minha filha, que foi sexta-feira (14), fiquei feliz da vida, estava alegre. Acabou a festa, fui para casa, dormi tranquilo. No dia seguinte, tomei café, quando foi umas nove horas da manhã, veio uma dor enorme no peito, parecia que tinha um caminhão de mudança aqui em cima. Uma dor indescritível, insuportável, nunca tinha sentido isso. Eu gritava. Mas já tinha uma equipe médica aqui me esperando, aí eu não sei o que aconteceu comigo, já me doparam, ali mesmo fizeram o tratamento, colocaram um stent”, conta o humorista à repórter do “Jornal Nacional”, exibido nesta terça-feira.

O cardiologista Jorge Castro y Perez, que cuidou de Renato disse que o estado do humorista era grave, devido a duas lesões que ele tinha em uma mesma artéria, sendo esta a principal do corpo humano. No entanto, Jorge afirma que Renato terá “uma vida melhor do que ele tinha há uma semana”.

Apesar de ainda continuar internado, Renato já faz planos para uma vida mais saudável, com uma bola na mão, ele diz “Olha, gente, assim que sair daqui, me aguarde, estarei lá no meu campinho, jogando futebol”.

Se tudo continuar ocorrendo bem, o humorista receberá alta hospitalar no próximo fim de semana.

Católico praticante, Renato teve dois episódios marcantes evidenciaram o seu lado religioso: o humorista já escalou o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, para beijar a mão da estátua, um sonho que realizou no programa comemorativo de 25 anos, exibido no dia:27 de agosto de 1991, da formação dos Trapalhões, e fez uma caminhada de São Paulo a Aparecida, levando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, para pagar uma promessa feita à santa, dias antes da exibição do projeto:Criança Esperança de julho de 1999.

Desta vez ao contar a jornalista o momento em que estava a caminho do hospital, ele se emociona dizendo: “Quando eu vinha para cá, a dor era tão grande, eu falava: ‘meu Deus, não me leva agora, que não está na hora. Tem muita coisa para fazer, tem dois seriados para fazer’”, revela.

“Esse público maravilhoso que rezou por mim, que ficou preocupado, esse também é que eu tenho que viver mais de 70 anos. Estamos aqui juntos, me aguardem”, agradece o comediante, concluindo a entrevista dizendo “Obrigada! Um beijo com o coração novo!”

Portal Padom

Deixe sua opinião