Tropas do Myanmar destroem igrejas, matam e torturam cristãos

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Crianças cristãs adorando a Deus em um campo de refugiados.
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Crianças cristãs adorando a Deus em um campo de refugiados.

As tropas de Myanmar estão a matando e a torturando cristãos e a destruindo igrejas e aldeias na região da minoria étnica Kachin, que é predominantemente cristã, alerta a ONG Christian Solidarity Worldwide (CSW). 

Segundo esta entidade, os atos de violência imputáveis às forças armadas estão a ocorrendo depois de o Governo e os rebeldes terem acordado um cessar-fogo na região. O relatório da CSW foi tornado público após uma visita ao Estado de Kachin e dá conta de informações que atestam o uso de grande violência contra as comunidades cristãs, nomeadamente com recurso a tortura.

Alegadamente, estes ataques ocorrem porque o Governo não quer conceder a independência almejada pelo Estado Kachin. Segundo a Christian Solidarity Worldwide, os cristãos têm sido presos, torturados e mortos pelas tropas governamentais.

Já em Novembro do ano passado, pouco antes da visita de Hillary Clinton ao país, a CSW enviou uma carta à secretária de Estado norte-americana solicitando o fim dos ataques às “minorias étnicas” e pedindo que auxiliasse na libertação de “todos os prisioneiros políticos”.

A ONG já então denunciava casos específicos de violência sexual, trabalho forçado, torturas, assassinos e ataques contra igrejas no Estado Kachin, notando “graves e constantes abusos de direitos humanos perpetrados pelo exército nas áreas étnicas, de modo especial no Estado Kachin” e denunciando “ataques a pastores cristãos, sacerdotes e igrejas, a discriminação dos povos muçulmanos Rohingya e a prolongada detenção de monges budistas” que comprovam evidentes violações da liberdade religiosa.

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