UM PAI CHAMADO SEBASTIÃO AGUIAR

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embaixadoresdoreiintMilhares de adolescentes carecem desse referencial masculino em suas vidas

Passando pela BR 101, na altura de Casemiro de Abreu, município fluminense, para quem já foi Embaixador do Rei, não tem como não se lembrar dos períodos de acampamentos no Sítio do Sossego.

Creio que, enquanto Embaixador do Rei, participei de uns cinco acampamentos de verão. Para minha felicidade, ainda pude ir à Rio Dourado de trem. Viajar de trem para Rio Dourado era pura emoção. Nosso líder era o Sebastião Aguiar. Para os meninos, simplesmente “Tião”.

Em 1970, com os meus 11 anos, cheguei à Igreja Batista 22 de Novembro, em Niterói. Queria entrar para o escoteirismo. Por ter suas reuniões aos domingos, vi como um empecilho meu ingresso. Alguns meses depois, ouvi falar numa organização chamada Embaixadores do Rei.

Ouvi falar dos seus acampamentos e aventuras. Logo desejei ser Embaixador do Rei. Mas, para minha tristeza, a embaixada da minha igreja tinha deixado de se reunir por falta de líder. Logo pensei em reorganizar a tal embaixada. Mas nós precisávamos de um líder. O “Tião”, já tinha algum conhecimento, foi desafiado por mim a reorganizar a Embaixada Waldomiro Motta. Para minha alegria ele aceitou o desafio e logo recomeçamos os trabalhos. Fui Embaixador do Rei por seis anos. Durante todo esse período nosso líder foi o “Tião”.

Mas meu propósito ao escrever esse artigo não é relatar a história de nossa embaixada, mas ressaltar a importância de Sebastião Aguiar em minha vida a na de muitos outros garotos. Ele foi um pai para todos nós. Deus, na sua soberania, nunca concedeu ao “Tião” e à Ivone, sua esposa, a paternidade biológica.

Mas, por outro lado, Deus concedeu ao “Tião” a bênção de ser pai emocional e espiritual de muitos meninos. Num dia desses, em uma das viagens encontrei com um deles. O sentimento de gratidão pela vida do “Tião” era o mesmo.

“Tião” lia a Bíblia conosco, jogava bola ou tênis de mesa aos sábados, dava suas “broncas” quando precisava, nos aconselhava e acampava com a gente.

Por que escrevo essas linhas? Não somente para homenagear o “Tião”, que ainda continua atuante na igreja em que é membro, mas para mostrar o valor de homens que exercem o papel de pai em nossas igrejas.

Pensem nos meninos e meninas de sua igreja e conte quantos não desfrutam da presença de um pai. Embora tenha tido um pai marcante em minha vida, o “Tião” preencheu algumas lacunas que meu pai biológico não pode preencher.

Estudos mostram o quanto é importante a presença, na vida de uma criança, da figura paterna.

Sem a presença dessa figura masculina, que sirva de referencial positivo, as conseqüências podem ser sérias. Milhares de crianças e adolescentes em nossas igrejas carecem desse referencial masculino em suas vidas.

Como igrejas é hora de estarmos atentos a esse detalhe. Nesse sentido requer a inserção positiva e cristã de um “Tião” para servir de modelo e ajudar meninos e meninas no crescimento saudável e equilibrado.

Fonte:Clickfamilia

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